Projeto Novo Mundo

A ABEUNI (Aliança Beneficente Universitária) é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, composta por universitários e formados em diferentes áreas.

32ª Atividade do Novo Mundo no PAC

Fomos novamente eu e minha amiga Érika para a atividade do Novo Mundo, dessa vez ela que me deu uma carona. Chegamos na sede por volta de 8h30 da manhã, tomamos café, recebemos o breve treinamento do que fazer no abrigo. Conhecemos outra coordenadora, a Larissa, e novos voluntários (nenhum que tenha ido da última vez). Por falta de inscrições fomos em nove pessoas, ao invés dos dez tradicionais.

Chegamos no abrigo e as crianças estavam assistindo a um filme. Ficamos brincando com elas enquanto os coordenadores iam preparando a atividade, que seria mais elaborada, exigindo assim um preparo maior. Ficamos nas brincadeiras por um bom período de tempo até que eles vieram com sacolas repletas de recortes, cartazes, colas e canetas.

A atividade consistia em: se juntar a um grupo de crianças, elaborar uma história, fazer com que eles buscassem os elementos principais da história nos recortes, colá-los no cartaz e, por fim, escrever o nome das figuras coladas.

Contudo, eu particularmente achei a atividade um pouco desorganizada, pois simplesmente deixaram as sacolas lá e as crianças já foram pegando as figuras arbitrariamente e colando-as nos cartazes. Só mais tarde fui descobrir que o coordenador da atividade ficara preso no banheiro e assim as coisas foram meio tumultuadas e confusas, fugindo um pouco da proposta psicopedagógica inicial. As crianças, no entanto, se divertiram bastante com as colagens e desenhos. Algumas acabaram se pintando também, comendo cola (atóxica), mais uma vez mostrando que toda atenção é necessária.

Na parte de escrever o que as figuras representavam, pude perceber certa defasagem do nível de alfabetização de algumas crianças, de oito e nove anos, que foge de uma das diretrizes do PDE - Plano de Desenvolvimento da Educação do MEC, que é a alfabetização até os oito anos de idade. As crianças não conseguiam escrever palavras com algum significado (exceto seus nomes), apenas letras arbitrárias reunidas. Mesmo quando ditávamos as letras que deveriam vir na sequência.

Com o fim das colagens, o tempo restante foi gasto com brincadeiras livres, cada voluntário acompanhando um pequeno grupo de crianças. E assim, nos divertimos bastante. Nos despedimos e, na rua mesmo, os participantes formam uma roda e dão seus comentários e sugestões sobre o dia em questão. Prática importante para os coordenadores, que irão planejar as próximas atividades pensando no que foi discutido; além disso, eles repassam atitudes específicas (depreciativas ou mesmo essa análise sobre a defasagem da leitura e escrita) observadas pelos voluntários sobre determinadas crianças. Ao final, tiramos a foto acima e fomos almoçar.