Pequeno Cotolengo

Entidade filantrópica que se destina a acolher, em regime de internato e semi-internato, crianças com deficiência física e/ou mental, carentes e/ou sem família.

Possui um sistema de moradia, proporciona a manutenção do portador de necessidade especial, desde as necessidades básicas como alimentação e vestuário, até aparelhos protéticos.

Oficina 1

Convidei minha mãe para participar desta oficina. Ao chegarmos no Cotolengo, recebi a chave da sala de oficinas e começamos a convidar os internos para participarem. Há internos que não controlam mais sua mobilidade, não sendo mais independentes para ficar no pátio reunido com os demais, mesmo que numa cadeira de rodas. Também não estava presente um pequeno grupo que contraiu conjuntivite. Assim, dos vinte internos ali disponíveis, sete nos acompanharam até a sala de oficinas, onde iniciamos a sessão com uma atividade artística. Eu fazia um breve desenho e eles o pintavam com giz de cera. De início demorou um pouco para que todos se dispusessem ao redor da mesa, pois os dois cavaletes que lhe serviam de suporte atrapalharam o encaixe das pernas e cadeiras de rodas embaixo da mesa, mas se acertaram e logo começamos.

Outra dificuldade de alguns, que pude notar, foi o ato de segurar e rabiscar com os gizes de cera: as pontas deles rapidamente foram quebrando, pela força que aplicavam; gizes mais finos ou lápis de cor se mostraram mais difíceis de manejar para alguns, mas todos conseguiram desempenhar bem o que foi proposto.

Realizei diversos desenhos e eles foram colorindo-os muito animados, dois deles desenhavam por conta própria. E nisso fomos conversando e nos conhecendo melhor, respondi a diversas perguntas dos mais curiosos; eles também interagiram bastante entre si.

Após vários desenhos, alguns já cansados, fomos mudando um pouco o formato: peguei um dos livros que levei e comecei a contar a história. Dois continuaram a pintar, mas captei a atenção dos demais com a história leve e divertida, bastante visual com imagens repletas de detalhes. Conforme a lia, minha mãe começou a fazer dobraduras de papel recuperando a atenção de um dos garotos (a história era infantil demais para ele), e assim, ao fim da história cada um recebeu um origami e fomos encerrando a atividades. Alguns pintaram seu origami, outros concluíram as pinturas e assim nos despedimos.