1º Reforço
Cheguei no abrigo, me apresentei às cuidadoras, que me indicaram a brinquedoteca para eu realizar as atividades. Sentei à mesa, peguei um lápis e um caderno e fui chamando as crianças. Quatro vieram mais uma voluntária alemã, que também vai às terças. A princípio, fui designado a auxiliá-los com o aprendizado de matemática. Logo de início, porém, me deparei com deficiências cognitivas de alguns. Como T., por exemplo, de 14 anos que não sabia ler e escrever. Desse modo, abstraí um pouco a ideia de reforço matemático e decidi abrir o leque. Assim, dei uma atividade diferente a cada um: para T. passei o abecedário para ela copiar e fiquei lhe ensinando palavras simples e leitura silábica; para C. focamos em somas de vários algarismos; para V., que era o mais novo (11 anos), passei exercícios de raiz quadrada, que era o que ele estava vendo na escola; J. chegou depois e me pediu ensinamentos de inglês, então fiquei ensinando-lhe palavras e expressões básicas. E na mesma mesa tivemos estudos variados, mas bastante cooperativos, eles incentivaram bem uns aos outros, o que foi bastante positivo e produtivo. Ficamos por uma hora nos estudos, até nos chamaram para comer um pão na chapa, chocolate-quente e bolachas. Após o lanche, algumas se dispersaram e foram jogar bola. Continuei então com T., V. e chegou da escolinha o D., o mais novinho do grupo (9 anos), que se juntou a nós e começou a fazer os exercícios que passei das quatro operações básicas. Rolou um certo atrito entre T. e D., mas conseguimos desenvolver os estudos até dar o meu horário. Me despedi então e na saída relatei um pouco a uma das cuidadoras como foi o trabalho e ela me deu alguns conselhos e dicas sobre as crianças. Assim, me despedi e voltei para casa. Pretendo, agora que os conheci e vi mais ou menos em que pé andam seus aprendizados, preparar e coletar alguns exercícios específicos a cada um e levá-los na próxima terça (05/05).