Mario Marques Junior - NUSP 3466301 -------- Avaliação das monografias -------- 1) Givanildo Dantas Alves (2004) Nota: 10.0 Resumo: -------- A monografia trata das experiências dele em um estágio na empresa Omnidata Networking, que produz soluções para conectividade. Conta sobre os projetos em que ele se envolveu, bem como as novas tecnologias que ele precisou aprender para solucionar os problemas relacionados com os projetos. Ele termina com uma reflexão sobre a experiência dele no IME e no estágio, como isso o preparou para o futuro de sua carreira. Os projetos são: integração de uma aplicação com um banco de dados nativo (C, C++) através da plataforma Java (usando JNI); desenvolvimento de aplicações para celulares (usando J2ME), bem como a criação do protocolo de comunicação (uma extensão do UDP, para confiabilidade da transmissão); e conversão de alguns projetos da empresa para a ferramenta de automação Maven. Parte técnica: -------- Escolhi esse trabalho especialmente por ser um estágio (vou fazer IC), e depois percebi que sou leigo no assunto da monografia. Então, posso dizer que o trabalho foi, no geral, bem escrito, ele se preocupou em definir a maior parte dos termos utilizados, para não ficar viciado em jargões, de forma que é possível compreender o assunto principal do texto. O problema é que alguns processos de desenvolvimento de software parecem ter, de forma inerente, algumas peculiaridades que são difíceis de exprimir em poucas palavras de forma didática. Assim, algumas partes do texto são menos compreensíveis por quem não é da área tecnológica. A estruturação do texto em si foi pensada de forma a abordar os itens das diretrizes para monografias. Isso ajudou a navegação pelo texto. A documentação é muito boa, pois contém links para as referências incluídas no texto. As referências incluem livros e homepages de alguns projetos (não naveguei por eles para ver se são realmente bons). Poderia incluir links para os tutoriais que ele usou, pois geralmente quando você vai procurar um tutorial na Internet, acaba encontrando uns meio picaretas. Parte subjetiva: -------- Ele conseguiu passar de forma muito bonita a experiência dele tanto no IME quanto no estágio. Serve como conselho para quem entra no IME, mas também para quem sai. Para estar prevenido, pois no emprego as coisas serão diferentes do que são no ambiente acadêmico. Comentários: -------- Foi um trabalho muito bem feito, e apresenta uma perspectiva otimista em relação ao recém formado no BCC que inicia sua vida profissional. Independente do que vamos fazer depois de formados, a mentalidade e postura diante dos desafios deve ser essa que ele fala: estar disposto a inovar, se motivar e ter confiança. Um ponto que achei negatico na experiência dele foi ele ter que trabalhar a maior parte do tempo sozinho, com toda a responsabilidade das tarefas. Eu penso que é bom trabalhar em grupo em tarefas como essa. 2) Elisa Pereira Kameda (2004) Nota: 10.0 Resumo: -------- A monografia trata da participação dela num projeto conjunto entre a Faculdade de Medicina, o IME e a Escola Politécnica. Sua atividade, no geral, foi testar a qualidade de algoritmos de reconstrução de imagem derivados do backprojection, específico para Tomografia por Impedância Elétrica. Ela também implementou uma interface gráfica para esses testes, em linguagem Delphi. No texto, ela explicita todo o modelo físico-matemático envolvido, bem como mostra os resultados obtidos, na forma de tabelas e gráficos. Também é mostrado como ela adaptou uma interface gráfica que pudesse receber os dados para análise e mostrar os resultados de forma inteligente, ou seja de fácil observação e comparação. Parte técnica: -------- O texto é claro, na medida do possível. A parte de matemática não é muito fácil de entender; apesar de eu ter feito Análise Numérica com a orientadora dela, não tenho o olho treinado para ter as sacadas de tudo que está acontecendo. A parte física nem se fala. Entendi qual a importância do sistema, mas por ter esses conhecimentos "optativos" em matemática aplicada. As imagens são difíceis de visualizar. Deveriam ser ampliáveis (clicáveis). Além disso, não estão indexadas. Talvez ela não tenha conseguido explicar para o computólogo em geral a parte mais relevante para a computação, que é o desenvolvimento da interface gráfica. Quer dizer, apesar de ser um ótimo trabalho, não motiva muito quem lê. Acho que ela poderia ter "esquecido" a parte matemática nessa hora e mostrar justamente as decisões que ela teve que tomar para fazer uma interface intuitiva. A documentação é exclusiva de referências em Matemática Aplicada. Talvez ela foi autodidata em Delphi e dessas noções de interfaces gráficas. Ela não dá uma idéia do projeto como um todo, não diz quais eram suas responsabilidades, e quais não eram, de quem ela dependia para fazer o trabalho, etc. Ela menciona isso em suas frustações, talvez fosse difícil mesmo essa noção integrada do trabalho. Parte subjetiva: -------- Ela menciona um desafio que é sempre presente na vida do estudante do BCC: a falta de tempo para fazer o que gosta. Me indentifico muito com ela, pois às vezes queremos nos aprofundar em algum assunto que nos interessamos mas a carga didática do BCC é muito grande, tomando quase todo o tempo. Também está presente essa prática do trabalho individual, que ao meu modo de ver, é negativo. Será que estamos fadados a trabalhar sozinhos? Comentários: -------- Penso que ela foi muito corajosa ao tentar ter suas experiências de trabalho justamente numa área multidisciplinar, não puramente computacional. Eu valorizo muito e atitude dela, pois muitos problemas da sociedade atual precisam de mentes versáteis, capazes de dialogar com várias áreas.