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5. Disquetes, Discos Rígidos, etc

Há duas maneiras de se gerenciar dispositivos no Linux: a maneira do DOS e a do UNIX.

5.1 Gerenciando Dispositivos à Maneira do DOS

A maioria das distribuições do Linux inclui o pacote Mtools, um conjunto de comandos que são equivalentes às suas contrapartida do DOS, mas começam com `m': i.e., mformat, mdir, mdel, mmd, e assim por diante. Eles até preservam nomes-de-arquivos longos, mas não as permissões de arquivos. Se você configurar Mtools, editando um arquivo chamado /etc/mtools.conf (um exemplo é fornecido com o pacote), poderá também acessar a partição DOS/Win, o CD-ROM e o Zip drive.

Entretanto, o comando mformat não funciona para formatar um disquete novo (nunca formatado). Antes, você terá que rodar o seguinte comando, como root:

# fdformat /dev/fd0H1440

Observação: você não pode acessar arquivos no disquete com um comando como, digamos, less a:arquivo.txt! Esta é a desvantagem da maneira DOS de montar disquetes.

5.2 Gerenciando Dispositivos à Maneira UNIX

O UNIX lida com dispositivos de uma forma diferente do DOS/Win. Não há volumes separados como A: ou C:; um disco, seja um disquete ou o que quer que seja, se torna parte do sistema de arquivos local através de uma operação chamada "montagem". Quando você terminar de usar o disco, você precisa "desmontá-lo" antes de ejetá-lo.

Formatar um disco fisicamente é uma coisa, fazer um sistema de arquivos nele é outra. O comando FORMAT A: do DOS faz ambas as coisas, mas no Linux há comandos separados. Para formatar um disquete, veja acima; para criar um sistema de arquivos:

# mkfs -t ext2 -c /dev/fd0H1440

Você pode usar minix, vfat, dos ou outros formatos ao invés de ext2. Uma vez que o disquete esteja preparado, monte-o com o comando:

# mount -t ext2 /dev/fd0 /mnt

especificando o sistema de arquivos correto se você não for usar ext2. Agora você pode se referir aos arquivos do disquete. Tudo o que você usava com A: ou B: agora é feito usando /mnt. Exemplos:

DOS                                     Linux
---------------------------------------------------------------------

C:\GUIDO>DIR A:                         $ ls /mnt
C:\GUIDO>COPY A:*.*                     $ cp /mnt/* .
C:\GUIDO>COPY *.ZIP A:                  $ cp *.zip /mnt
C:\GUIDO>EDIT A:FILE.TXT                $ jstar /mnt/file.txt
C:\GUIDO>A:                             $ cd /mnt
A:>_                                    /mnt/$ _

Quando você tiver terminado, antes de ejetar o disquete você deve desmontá-lo com o comando

# umount /mnt

Obviamente, você precisa executar fdformat e mkfs somente em discos ainda não formatados. Se você quiser usar o drive B: use /fd1H1440/ e fd1 ao invés de fd0H1440 e fd0 nos exemplos acima.

Evidentemente, o que se aplica a disquetes se aplica a outros dispositivos; por exemplo, você pode querer montar outro disco rígido ou drive de CD-ROM. Eis como montar o CD-ROM:

# mount -t iso9660 /dev/cdrom /mnt

Esta é a maneira "oficial" de montar seus discos, mas há um truque. Já que é um pouco aborrecedor ter que ser root para montar um disquete ou CD-ROM, você pode permitir que todo usuário os monte assim:

Agora, para montar um disquete do DOS, um disquete com sisteme de arquivos ext2, e um CD-ROM:

$ mount /mnt/a:
$ mount /mnt/a
$ mount /mnt/cdrom

Agora, /mnt/a, /mnt/a:, e /mnt/cdrom podem ser acessados por todos os usuários. Lembre-se que permitir que todos montem discos dessa maneira é um furo de segurança, se você se importa.

Dois comandos úteis são df, que dá informação sobre os sistemas de arquivos montados, e du nomedir, que relata o espaço em disco ocupado pelo diretório.

5.3 Fazendo Backup

Há vários pacotes para lhe ajudar, mas o mínimo que você pode fazer para backup multi-volume é (como root):

# tar -M -cvf /dev/fd0H1440 dir_to_backup/

Assegure-se de ter um disquete formatado no drive, e vários outros prontos. Para restaurar suas coisas, insira o primeiro disquete no drive e faça:

# tar -M -xpvf /dev/fd0H1440


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