Mais que 1%, na verdade...
No UNIX há alguns programas amplamente usados para arquivar e
compactar arquivos. tar é usado para fazer "pacotes" --- é como PKZIP mas
ele não compacta, apenas empacota. Para fazer um novo pacote:
$ tar -cvf <nome_do_pacote.tar> <file> [file...]
Para extrair arquivos de um pacote:
$ tar -xpvf <nome_do_pacote.tar> [file...]
Para listar o conteúdo de um pacote:
$ tar -tf <nome_do_pacote.tar> | less
Você pode compactar arquivos usando compress, que é obsoleto e não
deve ser mais usado, ou gzip:
$ compress <file>
$ gzip <file>
que cria um arquivo compactado com extensão (compress) ou .gz
(gzip). Esses programas compactam apenas um arquivo de cada vez.
Para descompactar, use:
$ compress -d <file.Z>
$ gzip -d <file.gz>
LPM.
Também há os utilitários unarj, zip e unzip (compatível
com PK??ZIP). Arquivos com extensão .tar.gz ou .tgz (empacotado
com tar, depois compactados com gzip) são tão comuns no mundo
UNIX como arquivos .ZIP no DOS. Aqui está como listar o conteúdo de um
archive .tar.gz:
$ tar -ztf <arquivo.tar.gz> | less
Primeiro: instalar pacotes é trabalho do root. A maioria dos
aplicativos do Linux são distribuídos como um archive .tar.gz, que
normalmente contém um diretório chamado /nomedopacote/ contendo
arquivos e/ou subdiretórios. Uma boa regra é instalar esses pacotes a
partir do diretório /usr/local com o comando
# tar -zxf <archive.tar.gz>
e depois ler o arquivo README ou INSTALL. Em muitos casos, o pacote é
distribuído em fonte, que você terá que compilar para criar os binários;
freqüentemente, bastará digitar make e depois make install.
Obviamente, você precisará do compilador gcc ou g++.
Outros pacotes devem ser descompactados a partir de /;
é o caso dos arquivos .tgz do Slackware. Outros arquivos contêm os
arquivos, mas não um subdiretório. Sempre liste o conteúdo do pacote
antes de instalar.
As distribuições Debian e Red Hat têm seu próprio formato de pacotes;
respectivamente, .deb e .rpm. Este está ganhando ampla
aceitação; para instalar um pacote .rpm, digite
# rpm -i pacote.rpm
Completamento de comando: pressionar <TAB> quando da emissão
de um comando completará a linha para você. Exemplo: se você quer
executar gcc este_e_um_nome_longo.c;, basta digitar gcc
est<TAB>. (Se você tiver outros arquivos que comecem com os
mesmos caracteres, forneça caracteres suficientes para resolver qualquer
ambiguidade.)
Rolagem de tela: pressionar <SHIFT + PAG UP> (a tecla cinza) lhe permite rolar a tela algumas páginas para trás, dependendo de quanta memória de vídeo você tiver.
Inicializando a tela: se acontecer de você executar more ou
cat em um arquivo binário, sua tela pode ficar cheia de lixo.
Para consertar, digite reset, ou esta seqüência de caracteres:
echo CTRL-V ESC c RETURN.
Colando texto: no console, veja abaixo; no X, clique e arraste para
selecionar o texto um janela xterm, e depois clique o botão do meio
(ou os dois botões juntos se você tiver um mouse de 2 botões) para
colar. Há também o xclipboard (aliás, somente para texto);
não se confunda pela demora da resposta.
Usando o mouse: se você instalou o gpm, um driver de mouse
para o console, você pode clicar e arrastar para selecionar texto, e
dpois clicar para colar o texto selecionado. Funciona de um VC
("virtual console") para outro.
Mensagens do kernel: dê uma olhada em /var/adm/messages ou
/var/log/messages como root para ver o que o kernel tem a lhe
dizer, incluindo mensagens de boot. O comando dmesg também é útil.
Se você está pensando se existem aplicativos para substituir os seus
antigos do DOS/Win, eu sugiro que você consulte os principais
repositórios de software para Linux:
ftp://sunsite.unc.edu/pub/Linux ,
ftp://tsx-11.mit.edu/pub/linux , e
ftp://ftp.funet.fi/pub/Linux .
Outro excelente lugar é a "Linux Applications and Utilities Page" em
http://www.xnet.com/~blatura/linapps.shtml .
O Linux pode fazer um monte de coisas que eram chatas, difíceis ou impossíveis de se fazer no DOS/Win. Aqui está uma pequena lista que pode aguçar seu apetite:
at permite rodar programas em uma hora determinada;
awk é uma linguagem, simples mas poderosa, para manipular
arquivos de dados (e mais). Por exemplo, sendo data.dat seu
arquivo de dados multi-campos,
$ awk '$2 ~ "abc" {print $1, "\t", $4}' data.dat
imprime os campos 1 e 4 de cada linha de data.dat cujo segundo campo
contenha "abc".
cron é útil para fazer tarefas periodicamente, em determinadas
datas e horas. Digite man 5 crontab.
file <arquivo> diz o que é o arquivo
(texto ASCII, executável, pacote, etc.);
find (veja também a Seção
Diretórios: Traduzindo Comandos) é um dos comandos mais
poderosos e mais úteis. É usado para encontrar arquivos que
correspondam a várias características dadas, e para desempenhar ações
sobre esses arquivos. O uso geral de find é:
$ find <diretório> <expressão>
onde <expressão> inclui critérios de busca e ações. Exemplos:
$ find . -type l -exec ls -l {} \;
encontra todos os arquivos que sejam links simbólicos e mostra para o que
cada um aponta.
$ find / -name "*.old" -ok rm {} \;
encontra todos os arquivos que correspondam ao padrão e os apaga,
pedindo sua confirmação antes.
$ find . -perm +111
encontra todos os arquivos cujas permissões correspondam a 111 (executável).
$ find . -user root
encontra todos os arquivos que pertençam a root. Há várias
possibilidades aqui---LPM.
grep encontra padrões de texto em arquivos. Por exemplo,
$ grep -l "geologia" *.tex
lista os arquivos *.tex que contenham a palavra "geology". A variante
zgrep funciona em arquivos gzipados. LPM;
^a[^a-m]X{4,}txt$ corresponde a uma linha que começa com `a',
seguida por qualquer caractere exceto os que estão no intervalo a-m,
seguido por 4 ou mais `X', e termina com `txt'. Expressões regulares
são usadas em editores avançados, less, e muitos outros
programas. Digite man grep para uma introdução.
script <arquivo_script> copia o conteúdo da tela em
arquivo_script até que você digite o comando exit. Útil para
depuração;
sudo permite que os usuários façam algumas das tarefas do
root (p.ex., formatar e montar discos; LPM);
uname -a dá informações sobre o seu sistema;
bc, cal, chsh, cmp,
cut, fmt, head, hexdump, nl, passwd, printf, sort, split, strings, tac,
tail, tee, touch, uniq, w, wall, wc, whereis, write, xargs, znew. LPM.
Você pode se deparar com várias extensões de arquivos. Excluindo as mais exóticas (i.e. fontes, etc.), aqui está uma lista de quem é o que:
1 ... 8: man pages. No caso improvável de você ainda não
ter, pegue o man.
arj: pacote feito com o arj.
dvi: arquivo de saída produzido pelo TeX (veja
abaixo). xdvi para visualizá-lo; dvips para transformá-lo em
arquivo PostScript .ps.
gz: pacote feito com gzip.
info: arquivo info (tipo de alternativa às man pages).
Pegue o info.
lsm: arquivo do Linux Software Map. É um arquivo ASCII
contendo a descrição de um pacote.
ps: arquivo PostScript. Para visualizá-lo ou imprimi-lo
pegue gs e, opcionalmente, ghostview ou gv.
rpm: pacote Red Hat. Você pode instalá-lo em qualquer
sistema usando o gerenciador de pacotes rpm.
taz, tar.Z: pacote feito com o tar e compactado com
compress.
tgz, tar.gz: pacote feito com o tar e compactado com
gzip.
tex: arquivo texto a ser submetido ao TeX, um poderoso
sistema de composição. Pegue o pacote tex, disponível em várias
distribuições; mas cuidado com o NTeX, que tem fontes corrompidas e é
incluído em algumas versões do Slackware.
texi: arquivo texinfo, que pode produzir tanto arquivos TeX
como info (qv. info). Pegue o texinfo.
xbm, xpm, xwd: arquivo gráfico. Pegue o xpaint.
Z: pacote feito com compress.
Se você precisar intercambiar arquivos texto entre DOS/Win e Linux,
cuidado com o problema do "fim de linha". No DOS, cada linha termina
com CR/LF ("carriage return" e "line feed"), enquanto no Linux
termina com LF. Se você tentar editar um arquivo texto do DOS no Linux,
cada linha provavelmente terminará com um estranho caractere `M'; um
texto do Linux sob o DOS aparecerá como uma única e quilométrica linha,
sem parágrafos. Há um par de ferramentas, dos2unix e
unix2dos, para converter os arquivos. [NT: Há também o todos, e o
utilitário tr]
Se seus arquivos contiverem caracteres acentuados, assegure-se de que eles tenham sido feitos no Windows (com o Write ou Notepad, digamos) e não sob o DOS; caso contrário, todos os caracteres acentuados ficarão bagunçados .
Para converter arquivos Word ou WordPerfect para texto puro, a solução é
um pouco mais difícil, mas possível. Você precisará de uma das
ferramentas que podem ser encontradas nos sites CTAN; uma deles é
ftp://ftp.tex.ac.uk .
Pegue o pacote word2x do diretório /pub/tex/tools/',
ou tente um dos pacotes disponíveis no diretório
/pub/tex/support/. Eu só experimentei word2x, e
funciona muito bem.